terça-feira, outubro 29, 2013

Eu digo não à terceirização do trabalho

No meio sindical, muito tem se comentado sobre o PL 4330 que legitima a precarização do trabalho, por meio da chamada terceirização. No setor da comunicação, vivemos isso com a pejotização, que vem acabando com o trabalho digno dos jornalistas. Esse final de semana, participei de um seminário jurídico e um dos assuntos abordados foi o projeto de lei. 

Em 74, a Lei 6019, passou a permitir a terceirização no caso do trabalho temporário, serviços de vigilância, de conservação e limpeza. Foi perguntado porque os sindicatos não se mobilizaram nessa época, ou quando a terceirização, se intensificou a partir da adoção do toyotismo na década de 80. A pessoa enrolou e não respondeu. Então respondo eu. 

Qual o perfil dos vigilantes de bancos? Qual o perfil do trabalhador de conservação de limpeza, ou que vive de trampos esporádicos em indústria, quando há demanda, por exemplo, na páscoa? Exceto pelos cargos de vigilantes, que são, em sua maioria homens pobres e sem estudo, os outros dois perfis são formados por mulheres, negras e pobres. Quem se importa com essa gente?

Fiquei pensando nisso durante todo o seminário e não saiu da minha cabeça o poema atribuído a Maiakóvski, mas não estou certa se é mesmo dele. Diz assim:

"Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse".

Quero ver as centrais e sindicatos derrubarem essa merda agora. Não se importaram antes porque nunca acharam que fosse ocorrer com eles. Enquanto as mulheres estavam tendo o seu trabalho precarizado, não era da conta de ninguém. Agora o problema virou de todos e vai ser difícil derrubar isso.



terça-feira, outubro 22, 2013

Apartheid das mulheres não!

Amanhã, as feministas estarão na Câmara de Vereadores para audiência pública sobre o PL 138/2011, que prevê ônibus exclusivos para mulheres rosas - que amor, só que não - em horários de pico para evitar o assédio sexual sofrido por todas nós diariamente.

Segregar não é solução! A solução é educar os homens para que não nos tratem como objetos com os quais podem fazer o que bem quiserem, o que inclui assediar/estuprar. O espaço público é nosso!