domingo, maio 29, 2011

Simplicidade pra quem?

A gente ama e odeia, perdoa e culpa, ri e chora, tem fé e dúvida, habitua-se e perde o hábito, tem coragem e tem medo, e mais um monte de dicotomias que carregamos todos os dias conosco.

Diante de uma realidade como esta, a questão que fica é: quem foi o babaca que disse que o segredo de tudo é a simplicidade? Nós não somos simples!

É nosso exercício diário sermos complexos. É de nossa natureza ploblematizar questões, perguntar-se a que veio, pra onde vamos, desejar o melhor, desejar o pior, querer mudar de vida, querer dar o melhor a quem ama, correr atrás do que se quer, largar tudo, virar hippie, ir morar em Jericoacoara.

A vida não é simples e ela precisa ter seu valor reconhecido. Por que ela não passa de um acaso. O Big Ben tinha uma chance em um milhão para acontecer. E ele aconteceu, e o universo começou a se expandir, e os planetas surgira, e começaram a girar em torno do sol. E o primeiro sopro de vida, seres unicelulares surgiram e evoluíram e deram espaço ao que somos hoje: milhares de anos de evolução, "o tele-encéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor" tão bem explicado no documentário Ilha das Flores.

Durante muito tempo eu tentei ver a vida de uma maneira simples pra tentar facilitar, mas eu só conseguia ser rasa e deixava um monte de coisa pra trás. Não dá pra ser assim, é contra a nossa natureza. Eu quero o complexo, o que arde, o que me provoca, o que me coloca em dúvida e me faz ir além! Vale cada gota de suor, vale cada lágrima de alegria ou de tristeza, vale absolutamente tudo porque coloca no meu caminho o que eu chamo de felicidade e que eu quero pra mim. Não pode ser simples, não pode ser fácil. Tem que ser conquistado!

domingo, maio 22, 2011

É que parece um sonho...

A minha cabeça não dá conta do que meu coração e minha alma sentem. Ela não processa, porque sabe que eu não esperava que pudesse sentir tudo isso.

Este amor que me completa, que me tira o chão, que me faz querer viver pra sempre perto de você. E eu nunca planejei coisas como estas. Eu nunca pensei que pudesse querer passar minha vida com alguém, ter um filho muito desejado com alguém, porque já me roubaram isso um dia!

Querer tanto alguém como eu te quero me deixa apavorada. Eu tenho medo de perder o que está se construindo. Que alguma catástrofe aconteça e eu perca tudo.

É que parece um sonho, você entende? Eu encontrar alguém que eu goste tanto e que a recíproca seja verdadeira. Eu quero bem a você, aos seus filhos, à vida que a gente pode construir juntos.

Eu só queria dizer isso, que pra mim a vida nunca foi fácil, e eu passei parte dela nadando contra a maré e quando tudo parece que vai dar certo, eu desconfio, eu duvido. Você me dá a sua paciência? Porque eu tenho todo o amor do mundo pra te dar e eu quero muito que você aceite.

quarta-feira, maio 11, 2011

O meu som e a minha fúria

Eu sempre gostei desta frase, título do livro mais contundente de Willian Faulkner. Era bom saber que além de mim, um escritor tão fodido também pensava desta maneira. Vida deveria ter trilha sonora, vida deveria ser sempre “furiosa”, no sentido de levá-la com entusiasmo, com inspiração, com vontade!

Mas nem sempre as circunstâncias são favoráveis a toda esta fúria. A gente deixa de ouvir os sons que fazem a diferença, não repara nas cores que estão a nossa volta, espera sempre mais de quem está muito aquém de nossas expectativas. E a vida vira uma coisa morna e sem graça.

E daí de repente você cansa e resolve atirar! E você é premiado pela ousadia: o universo diz amém e as coisas começam a acontecer do seu jeito, na sua velocidade, com a pessoa que você quer e, olha só, ela está bem além do que você poderia considerar bom!

E isso é reconfortante, e isso é legal, e isso faz você perder o ar, e faz você acreditar, e faz você mergulhar sem olhar o que está lá embaixo. Pelo prazer de sentir o sangue pulsar mais rápido, o corpo ficar quente, o coração acelerar! A vida volta a ter som, ela volta com toda a fúria!

O som de hoje é do Ira e a minha fúria é você!