terça-feira, agosto 28, 2007

E na aula de sociologia...


eis que o professor resolve explicar o indivíduo da pós-modernidade: "cada pessoa é um poço de desordem". Ora, ora, quer dizer que minhas contradições são muito bem fundamentadas? Sinto-me reconfortada!

segunda-feira, agosto 27, 2007

Agonias


Ela não sabia o que acontecia, imaginava que talvez fossem as segundas-feiras cinzentas, os trabalhos atrasados, a falta de vontade para fazer o que devia ser feito, ou tudo isso junto. O fato é que, vez ou outra, pegava-se absolutamente agoniada, uma angústia que dilacerava absolutamente tudo dentro de seu corpo! Então, tinha a idéia fixa de fugir para a praia, sair correndo, feito o Forrest Gump só que direto para o mar porque ele era capaz de acalmá-la. As segundas-feiras faziam ela se sentir muito sozinha e isso a deixava enjoada, com vontade de chorar, com vontade de ser abraçada e dizer que não era tão forte como gostaria de ser, que às vezes era frágil e precisava de carinho, mas ela não conseguia! Maldita revolução feminista, ela não podia!

domingo, agosto 19, 2007

Sobre se ter certeza

Ele não falha, não é imprevisível e isso de certa maneira a conforta. Talvez esteja mais madura, em outros tempos ela daria tudo por alguém que não pudesse dizer exatamente o que ele faria.

Havia se passado duas semanas, desde a última vez que se viram. Ele olha pra ela e diz que pensou muito sobre a decisão que tinham tomado e pergunta o que ela havia pensado.

Ela: não pensei nada.

Ele: impossível, eu pensei no assunto.

Ela: tudo bem, eu devo ter pensando umas três vezes, mas estou tranqüila com a decisão, então não fiquei me torturando.

Ele: eu fiquei preocupado, tive impressão que não estava feliz.

Ela: eu não pareço feliz agora?

Ele: não é isso...

Ela: olha, eu estou segura sobre o que eu falei, se você não tem certeza, ainda dá tempo de pular fora, mas pule fora você porque eu não farei isso.

Ele: quanta coragem! O que você vê nisso tudo?

Ela: eu gosto de você!

Ele: por quê?

Ela: porque você faz com que eu me sinta viva!

Ele: é um bom motivo.

Queria ter dito que só desejava algo tranqüilo, alguém de quem gostasse e com quem eu pudesse estar junto, que me fizesse rir, que tivesse uma mesma direção, um mesmo pensamento, e isso não significava necessariamente desejar uma vida em comum.

Queria dizer que estar com ele era sentir-se leve, era como a brisa que bate mansamente em seu rosto, ao final da tarde e que, mesmo suave causa uma sensação espantosa dentro da alma. Estar com ele era poder ser verdadeira. Era reaprender a viver, era querer se dar uma nova chance. Era querer viver um dia após o outro, sem medo de ser intenso. Era ter certeza sobre o que precisava e queria naquele momento. Nada muito complicado, viver não é complicado, pensar sobre a vida é o que torna as coisas muito, muito difíceis.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Tais sentimentalidades


Ela estava com saudades, mas não queria dizer. Ainda não era hora. Então, mandou um e-mail pedindo uma coisa pra todo mundo que trabalhava no mesmo local, mas sabendo que só ele poderia resolver o problema e teria que aparecer por lá. Era final de tarde e ela já tinha desencanado, quando ouviu uma voz muito familiar na sala. E o coração? O coração pulou, disparou, só faltou cambalear de tanta emoção.

O encontro foi rápido, ele disse oi, lhe deu um beijo no rosto, perguntou se ela estava trabalhando até mais tarde, amenidades. Ela? Ela é incapaz de descrever a roupa que ele estava, não conseguiu olhá-lo de frente, teve medo de desmaiar, de demonstrar todo aquele turbilhão que acontecia em sua alma. Ele pegou o que precisava, o beijo de despedida desta vez foi quase na boca, mas tinha gente por perto. Ela se fez de durona mais uma vez, mas por dentro sentia-se renovada. Havia muito tempo que não sentia o coração disparar, as pernas tremerem, o ar faltar, a vontade de sair gritando e dando cambalhotas de felicidade. Ela estava viva novamente, viva como há muito tempo não se sentia!

quinta-feira, agosto 09, 2007

Fantasmas


Eles não se viam desde a noite em que saíram da aula de inglês, ela foi para a festa de aniversário da amiga e ele foi telefonar do orelhão. Cenas de um cotidiano bem glamuroso, não? Da última vez que se falaram, a conversa não tinha sido fácil. Ela acreditava que eles podiam apenas aproveitar os momentos juntos e de forma tranqüila, ele estava preocupado demais com o que ela poderia sentir e o quanto não poderia, não queria, não estava disposto a retribuir.

Um ano e meio depois da última vez, ela o encontra, lindo, mais bonito do que nunca, no único lugar que ela nunca pensou que o encontraria. Tem dificuldade em acreditar no que vê, mas segue adiante, faz o que tem que fazer, volta e lá está ele, no mesmo lugar, como um fantasma, uma aparição. Agora, eles trocam um sorriso, um cumprimento tímido porque ele continua falando no celular e ela vai embora, com seu vestido, livre, leve e solta porque tirando o susto de vê-lo ali, ela já não sente mais nada. Como havia acontecido com ele, também conseguiram lhe arrancar o coração. E o tempo? Ah, poderoso tempo! Ele realmente pode fazer milagres!

quarta-feira, agosto 08, 2007

Diálogo entre dois amantes

Um mês de casado e ele já estava nos braços de outra. Há quem lhe dê razão, casou com uma estrangeira que só viria viver no país seis meses depois, era preciso aplacar a solidão.

Ela, por sua vez, estava cansada de não sentir nada e resolveu dar uma chance ao cara bacana. O mínimo que poderia acontecer era se divertirem, curtirem juntos. Mais que isso, talvez pudesse dar certo, talvez tivesse tempo de reverter a situação a seu favor.

Eis que num belo dia, bem, a mulher que era quase inexistente apareceu. Sobe BG com a música "meu mundo caiu"! Combinaram de se encontrar, este tipo de situação exige uma conversa.

Ele: eu não quero que sofra e acho que está sofrendo.

Ela: sim, eu estou sofrendo...

Ele: neste caso, o melhor a fazer é parar por aqui.

Ela: alguém precisa ser sensato. Até quando você pretendia levar esta história?

Ele: eu não coloquei nenhum prazo de validade.

Ela sorri e pensa que foi uma bela resposta, enquanto ele emenda: como ficamos?

Ela baixa a cabeça decepcionada com a própria decisão, mas resignada responde feliz: ficamos!

Paixão antiga


Eu não sei se toda mulher é assim, mas eu e algumas amigas temos recaídas constantes por amores platônicos. Uma é louca pelo Antony Keeds, a outra gosta do vocalista do Jamiroquai, uma pira no Jack Nicholson e eu alucino, volta e meia, pelo cartunista Angeli que, desde minha tenra adolescência, desperta em mim os instintos mais primitivos. Ai, de mim, como não gostar de um homem rabujento e gostoso como este?

terça-feira, agosto 07, 2007

Para evitar aborrecimento...

eu tento não me relacionar com:
- gente que fala o que quer sobre os outros, mas não tem coragem de assumir o que diz;
- gente que não possui ideais;
- gente que deixa a mesmice do cotidiano conduzir sua vida;
- gente que aceita perder a dignidade por medo de arriscar;
- gente que não se permite passar rídico;
- gente que nunca tem nada de bom a dizer para os outros;
- gente que aceita sentir-se morta, mesmo quando ainda está respirando.

Tirando estas, até que eu tenho uma boa relação com todas as outras!

segunda-feira, agosto 06, 2007

Partido Humanista do Brasil


Após 30 anos da criação do Partido dos Trabalhadores, vejo-me envolvida na campanha de legalização do Partido Humanista, talvez o único, depois do PT, a surgir das bases e com muito, muito esforço. Precisamos de apoiamento de 500 mil cidadãos brasileiros para que nosso partido saia, isso até o dia 3 de setembro. Já temos 100 mil! Parece piada, mas não é. Para melhorar a situação, não temos dinheiro para mobilizar as pessoas necessárias para a criação do PH.

Então, se você curte política e está em busca de uma alternativa aos partidos atuais, veja nosso spot no http://www.youtube.com/watch?v=my8Sb8Ret9s, acesse o site www.ph.org.br e conheça melhor a nossa ideologia e como fazer parte desta história. E, em 2008, é Lola para vereadora da cidade de São Paulo!

Os cinco pontos básicos do PH
1 - O ser humano como valor e preocupação
2 - A não-violência ativa como metodologia de ação
3 - O princípio da Opção
4 - A Não Discriminação e o reconhecimento da Diversidade pessoal e cultural
5 - Novo modelo econômico anti-neoliberal

quarta-feira, agosto 01, 2007

Coerência

Pensar, sentir e agir com coerência. Quando é que vou conseguir unir estas três coisas nas porras de minhas atitudes, meu Deus do céu? Ter a sensação de que por alguns minutos você teve a única opção certa nas mãos e jogou-a pelo ralo quando ele disse "e aí, como ficamos"? E você apenas responde "ficamos". Pior, a pergunta dele nem foi uma senhora frase de efeito. Foi simples, direta, certeira, na medida. E a coisa mais sensata era apenas dizer não, permitir-se dizer não. Não, não e não. Por que escrever é sempre muito mais fácil que dizer? Por que é tão difícil dizer não para as coisas que se deseja? Olha, eu daria meu reino por uma vida com menos questionamentos! Estou ficando com sono de mim mesma!

Festival Indie Rock


Alguns dias sem aparecer porque estou esbaforida de não fazer nada! Meu cérebro está atrofiando e sentar em frente ao computador para contar alguma novidade está difícil, exceto pelo fato de ter ido ao show da banda fofíssima - The Magic Numbers. Os caras fazem um som muito bacana, são talentosos, simpáticos, se esforçaram para cantar Baby, de Caetano Veloso, em português e de quebra, em pleno show denominado indie, cantaram o sucesso Crazy in love, de Beyoncé, para uma platéia pouquíssimo à vontade com o que seus ouvidos teimavam em escutar. Ah, que delícia!