segunda-feira, julho 31, 2006

Se eu pudesse...


Se eu pudesse, daria a todos um amor verdadeiro ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos um momento de verdadeira paz ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos um instante de pura alegria ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos a oportunidade de rir a melhor das gargalhadas ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos o gosto de provar o valor de uma amizade sincera ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos aquele abraço que faz toda a diferença ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos aquele silêncio que diz tudo o que precisamos ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos a oportunidade de se verem e serem vistos como pessoas realmente lindas, independente do que diz qualquer padrão rídiculo, ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos a possibilidade de apreciar o valor imensurável que as coisas simples podem nos dar ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos a canção perfeita para acompanhar nossos delírios ao menos uma vez na vida
Se eu pudesse, daria a todos ao menos um instante de verdadeira felicidade para que pudessem ter sempre à mão quando se sentissem mal amados, aflitos, tristes, sozinhos, rodeados de vozes que não dizem nada e de coisas aparentemente valiosas que não acrescentam.
Se eu pudesse, daria às pessoas a oportunidade de sentirem felizes ao menos uma vez na vida...

Cabeçudices


"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos diante dos olhos daqueles que não sabem voar". Nietzsche

quarta-feira, julho 26, 2006

Lost com Rodrigo Santoro


Um pouco de amenidade, pelo amor de Deus! Acabei de ler que o Rodrigo Santoro participará da terceira temporada de Lost. Eu não vejo a série porque já perdi tudo mesmo, mas não conheço um amigo meu que veja e não esteja viciado. Eu apenas pensava, ao ouvir os comentário - dia desses eu alugo. Well, o dia chegou, preciso saber de tudo, antes do meu amado, querido e idolatrado entrar em cena. Rodrigo, estou tão feliz por você, baby. Te amo!

Contradições...


O mundo seria muito mais fácil se não fôssemos tão dialéticos, tão ambíguos, tão contraditórios! A oportunidade de sair de Auchivitiz surgiu, mas para isso teria que voltar a trabalhar com uma pessoa com a qual já trabalhamos juntas três vezes e não deu certo. Dúvida mais que cruel, depois de queimar os poucos neurônios que me restam, optei pela prisão, afinal, conheço a outra opção que tem lá suas vantagens, como o fato de ser mais perto, mas que nem de longe me proporcionaria a possibilidade de crescimento que tenho aqui - é a primeira vez que trabalho em uma empresa grande, podre, mas grande.

Enfim, não sei o que significa ter feito esta escolha, ou melhor, sei, mas tenho medo de não poder me encarar no espelho depois disso. Será? Escolhi porque é um desafio trabalhar num lugar totalmente diferente de todos os outros, porque posso aprender coisas novas, porque posso juntar dinheiro para o projeto Canadá 2007 ou 2008, vai depender da pós, porque preciso de um pouco de estabilidade. Na contramão de tudo isso, também posso virar assessora de imprensa de vez, o que eu não quero nem a pau, trabalhar para o inimigo - uma indústria de papel e celulose - ter que pegar busão lotado e acordar cedo, ou seja, vida de rato de laboratório.

Crescimento, estabilidade, dinheiro. Desde quando isso sou eu? Será que me transformei nisso mesmo? Jesus Nazareno, eu me recuso a acreditar nisso!

terça-feira, julho 25, 2006

segunda-feira, julho 24, 2006

Amanhã é dia de psiquiatra...


Amém, Jesus, já não era sem tempo. Em sua homenagem, Dr. Mário, uma tirinha mucho loca pra você!

Desabafos


Nada contra fazer clipping, alguém precisa fazer o trabalho sujo! Mas não eu, não uma pessoa com cinco anos de experiência, preparando-se para o início da primeira especialização. Minha auto-estima já está baixa o suficiente para eu me submeter a um trabalho automático, massificante e que não me dá o menor tesão e vamos combinar, é preciso tesão para fazer a coisa certa, isso em qualquer instância da vida: profissional, pessoal, sexual e tudo o mais que nos faça sentir vivos!

O salário é pampa? Para quem só faz isso, até que sim, mas o que me importa mais, um cérebro que funcione, seja lá para o que for, ou uma conta bancária que me dê status e algumas cositas a mais? Bem, pode parecer idiotice, idealismo que não me levará a nada, mas eu ainda prefiro o meu cérebro, com todos os pensamentos insanos aos quais ele me submete. Estou sufocada e não suporto sentir isso. Estou perdendo minha vida e preciso acreditar que algo melhor vai aparecer no meu horizonte por mais mirrado que ele esteja ultimamente!

Yo quiero llorar!

Tudo pra ser feliz - Totonho e os Cabras
Eu,
Tinha tudo pra ser feliz
Segundo grau completo (mentira, eu já estou matriculada numa pós até)
Curso de Datilografia (hunf, eu sei usar computador)
Uma passagem de ônibus (eu tenho de avião, pô)
Pra outro lugar do país (para outra parte do mundo, véio)
Porque ela não me quis? (porque ele é um limitado, loser, fracassado)
O quê que eu posso fazer? (nada, não se pode fazer nada com isso)
O quê? O quê? O quê? (já respondi, nada!)

Propostas para um novo mundo


Well, tentando superar o fato de minha cachorra ter morrido neste final de semana, vou tentar falar de boas coisas. Fórum Humanista Brasileiro: mais de 300 pessoas reunidas no Rio de Janeiro para discutir problemas e propor ações nas áreas de educação, saúde, ecologia, integração latino-americana, desenvolvimento local, juventude, direitos das mulheres, entre outras coisas.

Bom saber que apesar de a maioria não ser mais adolescente, ainda acredita que pode melhorar o mundo, bom saber que ainda há pessoas dispostas a lutarem por uma sociedade mais justa, não violenta, mais feliz, bom poder estar rodeada de pessoas com esta energia, bom saber que não está sozinha! Bom saber que ainda podemos acreditar em uma humanidade de fato mais humana, capaz de tratar os outros com respeito, com dignidade!

“É a fé no nosso destino, é a fé na justiça de nossa ação, é a fé em nós mesmos, é a fé no ser humano, a força que anima nosso vôo.

Porque não é o fim da História, nem o fim das idéias, nem o fim do homem, porque não é tampouco o triunfo definitivo da maldade e da manipulação, é que podemos tentar sempre mudar as coisas e mudarmos a nós mesmos.

Este é o intento que vale a pena viver porque é a continuação das melhores aspirações da gente boa que nos tem precedido.

É o intento que vale a pena viver porque é o antecedente das futuras gerações que transformarão ao mundo.

Duas grandes almas que lutaram contra a discriminação e a injustiça acompanham nosso encontro.

Guias inspiradores da não-violência: Mahatma Gandhi e Luther King, eles souberam do fracasso mas jamais desistiram em seu intento. Hoje estão muito presentes
em nossa mente e nosso coração”.

Silo - maio de 2004

Adeus, Topo


Minha grande companheira, amiga inseparável durante a adolescência, que sempre estava comigo, enquanto eu tentava me esconder dos gritos do meu pai. Aquela que fez greve de fome, quando fui para Bauru. Aquela que foi escolhida por mim, em meio aos outros nove filhotes de minha cachorra porque tinha a carinha mais boba e eu achei que ninguém mais iria querê-la, minha querida Topázio morreu nesta sexta-feira enquanto eu viajava para o Rio de Janeiro.

Não pude me despedir, ela estava bem e eu achei que ainda conseguiria vê-la, apesar de estar correndo feito uma louca, trabalhando e nem sei mais para qual finalidade!

Topo, desculpe por não poder estar com você! Eu te amo e agradeço por ter vivido mais tempo que sua mãe. Encontre-se com ela e diga que sinto falta de tudo...

sexta-feira, julho 21, 2006

Nada de interessante


A vontade de fugir é cada vez mais incontrolável. Meu freela das Olimpíada de Matemática ainda não saiu do papel, meros esboços, e eu gosto tanto, mas não consigo me concentrar. Peguei mais outro e as coisas vão se acumulando em minhas costas.

Hoje, ida ao Rio de Janeiro. A hospedagem do Gary vai sair mais cara que a minha viagem, mas me nego a deixar o pobre gatinho sozinho. Eu sei que ele vai destruir a casa, não há dúvidas.

Auchivitz continua um saco. Preciso sair daqui o mais rápido possível e não páro um minuto de pensar em maneiras de fazer isso, tá difícil.

Tem uma relações públicas que começou no departamento e já soltou a pérola "eu sou muito louca". Odeio pessoas que dizem o quanto são loucas. Agora falou pela enésima vez "hoje tem birinaitis, preciso parar de beber"! Ai, céus, dai-me paciência!

Espero que o Fórum Humanista Brasileiro seja a salvação do final de semana. Nada melhor que acreditar que se pode mudar o mundo para acabar com estas depressões. Aliás, a quem possa interessar, eu estou tomando banho!!!

quinta-feira, julho 20, 2006

Looooooost


Tudo bem, não vejo o badalado seriado simplesmente porque não vi desde a primeira temporada e não quero pegar o bonde andando, mas tenho todo o direito de me sentir completly lost in this moment of my life.

Vamos aos fatos:
1) Ouvir uma de suas melhores amigas te jogar na cara 12 anos de desentendimentos que você nem havia se dado conta de que existiam;

2) Trabalhar em Auchivitz (marque a data da fuga. Você não nasceu para ser um rato de laboratório, nem trabalhar para a indústria de papel e celulose, eles são os inimigos);

3) O psicólogo diz que você precisa encontrar alguém novo na sua vida porque está tudo muito velho (fantástico, você paga terapia para descobrir que não passa de um puta clichê, ou seja, também precisa se sentir amada e gostar de alguém. Era mais fácil ser uma pedra);

4) Nem as coisas que gosta de fazer como se masturbar, ou escrever as matérias de educação para a revista - o único trabalho que realmente faz seus olhos brilharem de contentamento - lhe dão prazer ultimamente (você está morrendo);

5) Você não toma mais banho (é verdade, depois da fase sujinha pela qual todo adolescente passa, foi a primeira vez em anos que durante dois dias seu corpo não soube o que era água. E quer saber do mais? Você lutaria facilmente para derrubar estas convenções idiotas como tomar banho, escovar os dentes e se depilar. Abaixo a tirania da higienização massificada)

6) Seu cérebro ainda insiste em pensar em alguém que simplesmente já passou pela sua vida (não adianta lutar contra o cara que domina todo seu corpo, enquanto ele não esquecer o distúrbio bipolar continuará a toda e você estará FODIDA em letras garrafais)

Com tudo isso rondando sua massa encefálica, é ou não para estar lost? Eu só queria ser a própria ilha!

Trainspotting...

Choose life.
Choose a job.
Choose a carrer.
Choose a family.
Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disc players and eletrical tin openers.
Choose good health, low cholesterol, and dental insurance.
Choose fixed interest mortgage repayments.
Choose a started home.
Choose yor friends.
Choose leisurewear and matching luggage.
Choose a three-piece suite on hire purchase in arage of fucking fabrics.
Choose DIY and wondering who the fuck you are on sunday morning.
Choose sitting on that couch whatching mind-numbing, spirit-crushing games shows, stuffing fucking junk food into your mouth.
Choose rooting away at the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself.
Choose your future.
Choose life.

domingo, julho 16, 2006

Pensamentos ao vento



O que eu quero e posso fazer para ajudar a melhorar o mundo? Melhorar as relações entre as pessoas? Como podemos nos libertar? Como podemos ser realmente mais humanos? Menos violentos? Mais felizes? Mais amáveis? Como mostrar aos outros que o trabalho não compensa? Como podemos ver que o mundo vai além, muito além de uma discussão sobre quanto vale um marmitex no Brooklin? É serio, acho que é a quentinha mais cara de São Paulo!

Enfim, é importante saber que estas coisas, estas vontades de mudar, de melhorar ainda fazem parte de alguns planos mirabolantes, apesar de já ter passado dos meus vinte e poucos anos, como diria a primorosa canção de Fábio Jr.

Well, let's try again! Como disse Frank Morris, interpretado por Clint Eastwood, em Fuga de Alcatraz - ele sempre será uma referência - "eu ainda estou vivo, seus desgraçados"! Que venha a semana e todos os seus horrores, enquanto eu tiver um cérebro que funcione, ninguém me para!

My Freud Moment


Este Freud Moment eu dedico a todo que se sentem no direito de julgar a maneira como me relaciono com algumas pessoas e com o mundo. A quem a carapuça servir, da parte de Freud, apenas um recado, "ninguém é capaz de conhecer as particularidades que envolvem os relacionamentos entre as pessoas"!

Então, para quem não entende minha relação com meu ex-marido que, por um acaso, também é meu melhor amigo, cuidem de suas vidas, que nós sabemos muito bem como cuidar das nossas, sem nos julgar, sem nos culpar e sendo companheiros como são os verdadeiros e bons amigo! Ninguém, ninguém além de nós mesmos têm o direito de discutir o quanto isso é ou não bom e saudável. A quem interessar, já fazemos isso o suficiente!

quinta-feira, julho 13, 2006

Preciso dormir...


Rivotril acaba de bater pesado na minha moleira! Lição de inglês até não poder mais e sábado é minha prova. Estou fudida, pra variar! Por que, desde pequena, eu prefiro aproveitar a vida até o último momento, antes de ter que fazer qualquer coisa obrigada? Que vida, eu pergunto? Tá uma chatice há meses, so, Jerome, por que eu não fiz estas merdas antes?!?

Em fogo morto


Li o livro de José Lins do Rêgo para um seminário no segundo colegial. Hoje, sinto que preciso relê-lo o mais rápido possível. A expressão que dá título ao livro "Fogo Morto" é exatemente como estou me sentindo agora. Como Lula de Holanda Chacon, personagem central da segunda parte do livro, não estou sabendo fazer minha vida prosperar, apenas levo-a a fogo morto, ou seja, sinto-me como um engenho que parou de produzir. Ao contrário de Lula, que possui ao seu lado uma filha - solteirona melancólica -, sua mulher Amélia - uma das poucas personagens fortes do romance - e uma cunhada alienada, estou sozinha agora!Nçao, não, quase só, ainda me restam meus psicotrópicos e meu gato Gary.

Ficar sozinha pode ser bom, faz com que pensemos sobre o que queremos e qual o rumo que estamos tomando. O problema é quando você pensa, e pensa, e pensa de novo e tudo o que vê é uma grande desilusão. Preciso me apaixonar por algo, ou alguém? Definitivamente, cansei de colocar minha felicidade nas mãos dos outros e ninguém merece este fardo. Deixe que da minha felicidade, ou a ausência dela, cuido eu. É menos problemático assim, eu acho...

quarta-feira, julho 12, 2006

Gentalha, gentalha, gentalha...


Somente Kiko, nestas horas, para expor toda a nossa raiva perante o mundo que nos oprime e as pessoas grosseiras que o habitam! Aqui em Auschivitz, por exemplo, o pessoal não mede as palavras para serem absurdamente mal educados, coisa que eu não sou. Sou educada, fina, amável, bem humorada e escrota, muito escrota quando acho que passaram dos limites com a minha pessoa.

Mandando currículo feito uma dispirocada, tentando a minha constante Fuga de Alcatraz e nada, pelo contrário, consegui me meter num buraco pior ainda, uma verdadeira guerra e eu não tenho saco pra isso. Gente crescendo pro meu lado, falando como se fosse muito superior e diretores que passam pelos funcionários como se estivessem passando diante de fantasmas, ou seja, somos todos invisíveis diante daquele velho com voz de quem já tem um câncer enorme na guela e só ele ainda não percebeu de tanto cigarro e aquela loira perua que não divide os post its da empresa com mais ninguém! Ah, lembrei de outra trash, a máquina de expresso também só é utilizada pelos dois acima citados. Vai se fudê!!!

Cara, que mundo escroto! Eu me pergunto, precisa de tudo isso? Precisa ser tão mesquinho? Já não basta ter mais dinheiro que eu, porra? Preciso sair daqui urgente!

segunda-feira, julho 10, 2006

Surrealismo profissional


Minha vida anda tão surreal quanto um quadro de Frida Khalo! Em Auchivitiz, os post its são de uso exclusivo de uma diretora, se quisermos, temos que trazer de casa. A minha supervisora pediu para a estagiária dar um jeito de salvar um tubo de liquid paper ressecado e, por fim, não dão estilete, apesar de fazermos clipagem, para não agredirmos nossos colegas! Eu não estou nomundo real, eu me recuso a acreditar que aquilo seja real!

O professor me ensinou fazer uma carta de amor...


Faz tempo que não escrevo uma carta para alguém. A última vez foi em janeiro, entregue em mãos a uma pessoa que provavelmente não verei mais e isso dói um pouco. Um verdadeiro tratado sobre o que eu achava que ele era, deveria ser ou fazer. Quanta prepotência! Ninguém precisa ser analisado daquela maneira.

Mesmo assim, ainda foi na melhor das intenções, a última tentativa, antes de deixar todo o sentimento à deriva. Não deu certo e agora não adianta remoer o passado, é preciso contentar-se em saber que apenas estamos ligados, pelo menos eu a você, por pertencermos ao mesmo mundo, por compartilharmos a contemporaneidade e por estar perto de mim no meu coração e na minha mente.

Enfim, lendo o capítulo A Correspondência do livro "Bom dia, angústia", ótimo nome, de André Comte-Sponville, comecei a pensar no poder de se registrar o que se pensa, o que se sente e no peso que certas coisas têm, pelo simples fato de estarem registradas num mero pedaço de papel. Compartilho, com quem interessar, as idéias de Sponville e faço das palavras dele as minhas também. Às vezes, alguém precisa dizer as coisas por nós!

"Se deixamos de lado as trocas puramente profissionais ou administrativas, quase sempre é de amor que se escreve, e por amor, seja esse amor de paixão ou de amizade, de família ou de férias, profundo ou superficial, leviano ou sério. Escrevo-te para dizer que te amo, ou que penso em ti, que me alegro, sim, de ser teu contemporâneo, de habitar o mesmo mundo, o mesmo tempo, de só estar separado de ti pelo espaço, não pelo coração, não pelo pensamento, não pela morte."

Uma palavra...


para resumir tudo o que estou sentindo neste momento: "acuma"?

quinta-feira, julho 06, 2006

Só coisas boas


Hoje, eu apenas queria ouvir, sentir coisas boas que me fizessem acreditar na humanidade, que me dessem esperança, que me fizessem sair dançando pelas ruas da cidade sem me importar com o que as outras pessoas pensariam a respeito, mas, como diz a canção dos Orishas "no puedo, no puedo"!

Então, já que ninguém me disse nada de bonito hoje, vou escrever algo que li e que parece não fazer muito sentido - acho que traduziram errado - mas dane-se, a beleza tem que fazer parte de nossas vidas em alguns momentos, mesmo que pareça confusa ou insensata!

"Todas as pessoas que te rodeiam, estão em teu mundo interno, são parte de você, cada uma, das que chegaram notícia, são parte de ti. Você é muita gente, o que você é tem que ver com todos eles. E você por sua vez é parte de muita gente, algo seu se estabeleceu no mundo interno de muita gente. Não acredites que porque recusas a alguém o deixas fora de teu mundo, ali está, formando parte de ti, mostrando-te parte do que é e não queres ser." ("O Olhar do Sentido" - Dario Ergas)

O que eu sou e o que quero ser? Taí uma coisa que tenho pensado muito, nesta semana em especial, e não consigo chegar a nenhuma conclusão. Amém Jesus, abasteci a farmácia de casa com meus psicotrópicos ontem. Uma semana sem eles foi mais que suficiente, preciso recobrar a felicidade perdida, ainda que de forma sintética!

quarta-feira, julho 05, 2006

Notícias de Auschivitz


Mais uma de Auschivitz. Não posso trabalhar de calça jeans, exceto às sextas-feiras, quando é famoso casual day. Não posso fazer ligações de outros ramais, mesmo usando o meu código de uso intransferível e os chefes tendo como identificar quem fez a chamada, independente de onde!

Tudo bem, talvez seja necessário para o meu crescimento profissional enfrentar uma encrenca desta, o problema é que definitivamente eu não ganho bem o suficiente pra isso. Segundo o Sindicato dos Jornalistas, meu salário deveria ser de R$2667,20 para sete horas de trabalho diário, posso assegurar que ganho menos, bem menos que isso, tendo ainda que arcar com uma série de custos.

Gente, eu não vou, não quero e não posso me adaptar! Por que eu não ganho na loto, meu Deus? Ah, tá, lembrei, eu não jogo na loto! Idiota!

terça-feira, julho 04, 2006

Saudades ...


De quando eu conseguia heroicamente virar madrugada estudando ou trabalhando e emendar o dia direto, sem cochilo até a noite do dia seguinte. É o tempo passa. E pensar que fiz isso em setembro e hoje, dez meses depois, sinto-me completamente incapaz de tamanha proeza. A velhice, definitivamente, vem a galopes!

Enquanto isso em Auschivitz ...


Lola tenta sobreviver a oito horas e meia de trabalhos forçados, em um ambiente onde o MSN é proibido, o horário dedicado a cada cliente é contabilizado por sistema informatizado e ela é obrigada a pagar as ligações realizadas para a própria casa, além da condução, da refeição e dos impostos sobre serviços prestados.

Conseguirá Lola adaptar-se a ambiente tão hostil, ou ela virará uma outsider de vez? Quem viver, verá!

segunda-feira, julho 03, 2006

Momentos de histeria


Na semana passada, fiz uma entrevista e fiquei aliviada porque não fui chamada. Por que o alívio? Porque a empresa é em Santo Amaro e o expediente começa às 8h30 da manhã, ou seja, não combina nada com meu free way of life.

Hoje, qual má quê, recebo a ligação da mesma empresa, pedindo para eu começar amanhã! Primeiro, pensei em reclamar, chorar de desgosto. Depois, pensei com meus botões, em menos de um mês, consegui ser recolocada no mercado de trabalho, então, minha veia católica e culpada ecoou em meus ouvidos "Pare de reclamar das piadas de mau gosto que Deus faz em sua vida e aceite-as com verdadeira resignação"!

Tudo bem, obrigada, Deus, por mais esta oportunidade que considero uma verdadeira provação! Tentarei ser mais disciplinada, mais dedicada, uma verdadeira serva para com minha nova empresa! Afinal de contas, preciso pagar minha pós e viajar para o Canadá, pensando desta maneira, sei que o sacrifício de encarar aqueles ônibus fedidos pela manhã valerá a pena.

Então, luzes na ribalta, Lolita está de volta!